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Como cuidar bem de rochas, corais e anêmonas em aquários marinhos?

Quando começamos um novo hobby, sempre é importante aprendermos o máximo possível sobre ele. Aqui você entenderá um pouco mais sobre cada aspecto da biologia do aquário. Qual é a importância de cada organismo e como cuidar bem de cada um deles.

Rochas

As rochas não são estritamente obrigatórias na montagem de um aquário marinho, mas como trazem muitos benefícios a um custo e manutenção bem baixos, valem muito a pena. Suas principais funções são a ornamentação, suporte para corais, abrigo para os peixes e outros animais, ajudar na filtragem e criar um ambiente onde o zooplâncton possa se abrigar e desenvolver.

Rochas

Imagem por: SurFeRGiRL30 por flickr

Existem três tipos de rochas: as vivas, as mortas e as artificiais.

As rochas vivas, são pedaços de calcário retirados de recifes, e transportadas em condições adequadas para que todos os organismos vegetais e animais que vivem sobre eles cheguem ao seu aquário. Dessa forma, é possível criar um ambiente próximo ao natural mais facilmente. O uso de rochas vivas, ajuda a reduzir as chances de ter problemas como acumulação de amônia, nitrato e fosfatos.

As rochas mortas costumam ser as mais baratas do que rochas vivas, além disso, não há o risco de levar para o seu aquário algum organismo indesejado que possa prejudicar a biologia dele. Mas, assim como não traz organismos indesejados, também não traz organismos benéficos.

Rochas artificiais são mais baratas, mas essa é a única vantagem já que contém silicato, causam problemas com algas marrons, costumam desmanchar e podem conter metais pesados como chumbo e cobre que também prejudicam a biologia do aquário.

Corais

Existem vários tipos de corais, mas independentemente de qual escolha lembre-se que eles são seres vivos e assim como qualquer outro, precisam ser alimentados. É verdade que alguns conseguem sobreviver apenas com uma boa iluminação e recebendo nutrientes das zooxantelas (um tipo de alga unicelular que vive no interior das células do tecido dos corais), mas outros precisam receber zooplâncton ou fitoplâncton para uma nutrição mais completa.

Mesmo que seu coral seja do tipo que não necessariamente precise ser alimentado por alguma matéria exterior, é sempre bom fornecer plânctons uma vez por semana. Assim podem se desenvolver melhor.

Da mesma forma que a iluminação, circulação, reposição de nutrientes e os parâmetros de qualidade da água são fundamentais para manter o aquário saudável, devemos estar atentos que, apesar de grande parte da nutrição dos corais vir da fotossíntese realizada pelas zooxantelas, todo o processo de desenvolvimento deles é afetado se faltar algum nutriente, mesmo que em pequena quantidade.

Anêmonas

As anêmonas têm necessidades específicas que podem variar segundo a espécie, mas há alguns requisitos gerais que são comuns e imprescindíveis para todas. Primeiramente, o tanque precisa estar com uma excelente qualidade de água — deve estar sempre limpa e livre de resíduos acumulados, o oxigênio dissolvido deve ter níveis altos e boa iluminação para o desenvolvimento de algas.

Um fluxo adequado de água também é importante, já que se não houver um fluxo contínuo, as anêmonas não conseguirão receber a comida e o oxigênio que necessitam para viver. Assim como os corais, as anêmonas são animais e não fazem fotossíntese, mas têm um relacionamento de convivência com as zooxantelas que produzem glicose e oxigênio, ambos benéficos, portanto, são algas importantes.

O pH precisa estar estável entre 8,1 e 8,3, ou seja, levemente alcalino. A temperatura ideal é entre 24 e 26 °C, já a salinidade deve ser estável, de forma que a densidade da água fique especificamente entre 1.024 km/m³ e 1.026 kg/m³. A amônia, fosfato e nitrito devem estar com níveis mais próximos o possível de 0 e o nitrato deve ser inferior a 2 ppm. Sem essas condições, provavelmente será difícil manter anêmonas em seu aquário.

Anêmona

Anêmona de arielaot por flickr

Amadurecimento do aquário

É muito importante esperar o desenvolvimento total do aquário antes de introduzir uma anêmona em seu aquário marinho. Aquários montados há menos de 6 meses são sensíveis às variações nas propriedades da água e muitas anêmonas não lidam bem com essa condição. Portanto, colocar uma antes que o tanque tenha se desenvolvido corretamente é um dos equívocos mais ameaçadores que poderia cometer.

Por mais que apenas algumas semanas sejam o suficiente para o nitrogênio se tornar estável, o tempo para o aquário se desenvolver é bem maior. Ele só estará menos volátil às variações nas propriedades da água quando estiver em funcionamento a mais de 12 meses.

Adicionando uma anêmona no aquário marinho.

Sempre pesquise sobre cada espécie de anêmona antes de comprá-la, assim poderá saber qual o local do aquário que elas preferem. Algumas, por exemplo, preferem se agarrar em uma fenda na rocha enquanto outras se fixam no substrato.

Depois de introduzi-la no aquário, não a toque nem a alimente por sete dias. Elas precisam de um período de repouso para se adaptarem ao seu novo lar. Pode ser que a anêmona se mova, mas não se assuste, ela apenas está procurando um local que goste mais.

Alimente a sua anêmona!

Apesar de receberem alguns nutrientes das algas que fazem fotossíntese, as anêmonas são animais carnívoros e para crescer adequadamente, precisam receber alimentos proteicos uma vez a cada sete dias ou mais, como vieras, mariscos, mexilhões e camarões.

Cuidado com os peixes que decidir colocar no tanque!

Muitos peixes têm o hábito de mordiscar tentáculos de anêmonas então, não as coloque junto a peixes-anjo, peixes-borboletas, grandes baiacus ou peixes-porcos. Por outro lado, há peixes que estabelecem uma relação benéfica com elas, como os peixes-palhaços, que podem utilizá-las como abrigos e em troca, providenciam restos de alimento para a anêmona.

É essencial que a escolha dos outros animais do tanque seja feita cuidadosamente. Misturar outros animais com anêmonas requer um aquário espaçoso, portanto, sempre pesquise antes de introduzir um novo integrante em seu aquário marinho.

Leia mais em:

LiveOceans — Realmente preciso alimentar os corais do meu Aquário? PARTE I

Aquários Sobrinho — As rochas do aquário marinho

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