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Borboletas da cidade

Borboletas são muito comuns em parques, cachoeiras e áreas rurais, sempre voando entre as flores. Porém, nas áreas urbanas, com inúmeros automóveis poluindo a atmosfera, são menos diversas — principalmente por serem sensíveis à poluição do ar. Mesmo assim, algumas espécies conseguiram resistir às mudanças ambientais e ao crescimento das cidades. Portanto, havendo um canteiro, jardim ou conjunto de árvores com flores, ainda podemos encontrar algumas borboletas voando ao redor. Abaixo listamos algumas das mais encontradas.

Borboleta-da-couve ou borboleta-brancão (Ascia monuste)

Imagem de lagarta de borboleta-brancão acima e imagem Borboleta-brancão pousada em uma flor abaixo

Lagarta e Borboleta-brancão (Ascia monuste). Imagens de xpda e Liberty turtera via Wikimedia - CC-BY-SA-4.0

A borboleta-brancão é uma das mais comuns em áreas urbanas. Apesar do nome no aumentativo, tem apenas 5 centímetros de envergadura e a cor de suas asas é branco-amarelado ou branco-esverdeado, com bordas na cor marrom. Dependendo da região, é conhecida como borboleta-da-couve ou curerê-da-couve. Mais precisamente, pode ser reconhecida pelo nome científico Ascia monuste.

A borboleta-brancão normalmente coloca seus ovos em hortaliças como couve, agrião e rúcula. Os pequenos ovos amarelos ficam na parte de baixo das folhas e dão origem a uma quantidade enorme de lagartas famintas e se alimentam das folhas da planta em que os ovos foram postos.

As borboletas-da-couve são conhecidas por poderem causar estragos em plantações. Porém, repelentes naturais a base de citronela e alecrim ajudam a espantá-las. Com paciência e cuidado, logo as lagartas se tornarão borboletas para alegrar seu jardim.

Borboleta-do-manacá (Methona ssp.)

Imagem de lagarta de borboleta-do-manacá acima e imagem Borboleta-do-manacá pousada em uma folhas de manacá abaixo

Lagarta e borboleta-do-manacá feita por Leonardo Ré-Jorge via Wikimedia CC-BY-SA-4.0 e Daniela Cerqueira

A borboleta-do-manacá faz parte da mesma família das monarcas. Recebe seu nome devido ao seu ciclo de vida está intimamente associado ao manacá-de-jardim ou manacá-de-cheiro . A borboleta possui as cores preta e amarela translúcida com pintas brancas.

No Brasil, há pelo menos três espécies de borboletas-do-manacá muito parecidas entre si, porém a mais comum é a Methona themisto. As borboletas-do-manacá tem o voo lento e preferência por áreas sombreadas e úmidas. As fêmeas põem ovos isolados na parte inferior das folhas do manacá e as lagartas pretas com listras brilhantes amarelas, se alimentam exclusivamente delas.

Estaladeira

A imagem de cima, mostra uma lagarta de estaladeira e a imagem de baixo, mostra a Borboleta-estaladeira pousada de cabeça para baixo em um tronco

Lagarta e borboleta-estaladeira. Imagens de José Amorin-CC BY-NC-SA 2.0 e José Roberto Peruca - CC-BY 2.0 via Flickr

Várias espécies do grupo das Hamadryas são chamadas de estaladeiras, o motivo disso está ligado a uma característica única de os machos produzirem sons que parecem com estalos ao baterem sus asas.

As estaladeiras, geralmente colocam seus ovos em trepadeiras. As lagartas são cobertas de espinhos, mas incapazes de causar queimaduras, como fazem as lagartas de mariposas . Enquanto jovens, as lagartas enfrentam a pior fase de suas vidas, são predadas por aves, percevejos, aranhas ou mortas por pessoas que têm medo ou nojo. Também podem ser mortas por seu grande apetite — que pode causar problemas econômicos a quem cultiva suas plantas hospedeiras.

Outras particularidades dessa borboleta, é que podem ser muito confundidas com mariposas devido ao seu tamanho grande, suas cores neutras e o hábito de pousar com as asas abertas, normalmente com a cabeça para baixo. No entanto, as semelhanças param por aí.


Algumas espécies de lagartas desenvolveram camuflagens ou espinhos para tentarem se proteger se certos predadores, mas ainda assim, são muito vulneráveis em sua fase larval, passando por muitos desafios. A maneira mais segura de uma lagarta sobreviver é comendo e crescendo o suficiente para sua transformação. Antes disso, porém, ela precisa se preparar: fechadas numa pupa – ou crisálida – a lagarta passa dias sem se alimentar ou se mover, aguardando a natureza fazer sua parte para poder, enfim, tornar-se uma borboleta.

Passados esses momentos, algo incrível acontece! A lagarta, antes lenta e indefesa, ganha asas, muda sua forma de alimentação e passa a viver entre as flores, sugando-lhes o néctar.

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